segunda-feira, 24 de junho de 2013

Era uma vez: Um conto sobre a síndrome de Down

Ura uma vez uma linda donzela chamada Maria, que estava noiva de um rapaz chamado Joel.
Eles já estavam noivos há muito tempo e queriam se casar. Mas, como Maria ainda era estudante, resolveram espera.
Enquanto isso, faziam muitos planos para o futuro.
Maria estava cursando o primeiro ano de letras e Joel estava terminando o curso de filosofia.
O tempo passou...passou e Maria também se graduou.
Agora já podiam se casar! E construírem o seu lar!
Marcaram a data do casamento para o dia dez do mês de maio; dia em que Maria completaria vinte e três anos.
No dia do seu casamento, Maria se enfeitou  toda. Escolheu um par de brincos de jade que combinavam com a cor de seus olhos.
Seu vestido de noiva,branco, rendado e com decote realçavam a alvura de seu colo.
Alta, magra, com cabelos cacheados cor de cobre, Maria mais parecia uma boneca de porcelana.
Joel também não era nada feio. Moreno, alto e com grandes olhos castanhos que contrastavam com a sua pele queimada de sol.
Ele mal podia acreditar, estava se casando com a moça mais bonita de Águas Claras.  
Após o casamento, Joel comprou um apartamento, e o casal se mudou para a cidade de Lindo Horizonte onde Joel lecionava, na rede municipal. 
Maria também começou a lecionar em uma escola particular, próxima de sua casa.
Como estavam casado há pouco tempo, Maria e Joel resolveram esperar para terem o primeiro filho.
Enquanto trabalhavam faziam planos para suas carreiras, ele em cursar uma pós graduação, ela  sonhava em ter um bebê.
O tempo passou e Maria sentiu o desejo e engravidar, pois já estava com vinte e sete anos e Joel trinta e dois.
Sem falar nada a seu marido parou de tomar as pílulas de anticoncepcional.
Mas, ela não sabia que Joel, também sentia o mesmo desejo, e evitada  usar preservativo.
O tempo passou, passou, passou... e nada de Maria engravidar.
Até que ela decidiu marcar consulta com um ginecologista.  
O Dr. Gilberto, ginecologista e obstetra, examinou Maria e pediu  alguns exames.
Com ela fisicamente estava tudo bem.
O tempo foi passando e Joel resolveu procurar um andrologista.
Mas, por quê será que ela não conseguia engravidar?
Um dia...
Maria ao acordar pela manhã sentiu tontura, mas como ainda não havia tomado o café da manhã, não se preocupou. Então ela percebeu que o seu período menstrual sua  estava atrasado. Será?
Resolveu não contar nada a seu marido, ele estava muito ocupado corrigindo as provas bimestrais de seus alunos e não quis preocupá-lo.
Passados alguns dias, marcou nova consulta com o ginecologista.
Finalmente, a notícia que ela tanto esperava, iriam ter um bebê!
Estava tão feliz que resolveu ir até a escola para dar-lhe as boas-novas!
Agora eles teriam um bebezinho que completaria as suas vidas.
Durante todo o trajeto, Maria já fazia planos para o quarto do bebê. E como iria chamá-lo se fosse menino. Mas, e se fosse uma menininha? Como se chamaria?
De que cor seriam seus olhos? Com quem se pareceria?
Mal podia acreditar depois de tanto tempo, agora mamãe seria!
Quando Joel entrou na sala dos professores, Maria o abraçou e chorou, pois não tinha palavras. 
Joel que não era bobo nem nada, logo percebeu.
Ele já suspeitava que ela estivesse grávida. Mas, com medo de fazer Maria sofrer, não lhe disse nada.
E ambos choraram juntos de felicidade!
E sonharam juntos...
Planejaram cada detalhe do quarto, o bercinho, as cortinhas, a cor das paredes e o abajur.
Compraram roupinhas coloridas, pois não queriam saber o sexo do bebê; iam esperar para ter a surpresas juntos. Não importava se fosse menino ou menina, queriam que fosse saudável e feliz.
Maria fez o pré-natal; seguindo as instruções da enfermeira Juliana do centro de saúde.
Fez todos os exames, diminuiu o sal, aumentou o consumo de frutas e começou a ir à pé para a escola, onde lecionava.
Passaram-se os dias, os meses e enfim chegou o dia tão esperado...
Chamaram Dona Clotilde, mãe de Joel, para ficar em casa e ajudar Maria nos primeiros dias a cuidar do bebê.
Foram para a maternidade, onde já os aguardava o Dr. Gilberto.
Doutor Gilberto era um médico experiente, já clinicava a mais de quinze anos, e fizera muitos partos. Era um homem de estatura mediana, gordo, com aspecto bonachão.
O trabalho de parto é um processo natural do organismo feminino; mãe e filho fazem esforço juntos. Demorou...o bebê não coroava e foi preciso fazer uma cesárea.
O bebê nasceu, mas não chorou.
Silêncio na sala de parto. Tensão por parte da equipe de enfermagem.
Como Maria estava anestesiada, não percebeu nada. Mas Joel estava na sala de parto e percebeu que havia algo de errado com o seu bebê.
Doutor Gilberto virando-a de bruços, dá-lhe um tapa nas costa, e ela então chora.
Desfez-se a tensão na sala de parto, e o dr. Gilberto diz que está tudo bem com o bebê e com a mãe.
É uma menina!
Levam a mãe, para o quarto e o recém-nascido para a sala de observação.
Clara, tem os cabelos do pai, finos e lisos. 
O tempo passa e a linda meninazinha de olhos azuis, cresce. Lentamente, diferente dos outros bebês de sua idade.
Seu pais não sabem o que acontece com Clara, mas definitivamente, ela tem algo de diferente.
Quieta, calma, quase não chora e tem dificuldades para sugar o seio da mãe.
Maria e Joel, decidem marcar uma consulta com o pediatra que sua prima Rosana indicou.
Joel está arrasado. Não sabe o que sua pequena filha tem.
Maria também se culpa.
O que será que há de errado com a pequena Clara?
Logo após alguns exames físicos feitos pelo dr. Alexandre, vem a confirmação: Clara nasceu com a Síndrome de Down.
Maria chora e não consegue entender o por quê, sua filhinha nasceu assim.
Joel está distante, pois pensa que a culpa também é sua.
O dr. Alexandre pacientemente explica ao casal o que vem a ser a Síndrome de Down.
Não é uma doença, e sim um desequilíbrio na constituição dos cromossomos.
Que não é culpa de nenhum dois.
Que um dos fatores considerados antigamente era a idade materna ou paterna. Hoje, sabe-se de casos de mãe que tiveram filhos com síndrome de Down aos dezessete anos.
Que não há comprovação científica que a pílula anticoncepcional que ingerida durante muitos anos cause danos ao organismo feminino.
Quanto ao pré-natal, existem exames que feitos rotineiramente podem detectar com vai a saúde do bebê no ventre da mãe. Mas ão exames caros, que não são subsidiados pelo pelo governo.
Doutor Alexandre, tranquiliza os pais dizendo que as crianças com síndrome de Down atualmente têm apresentado uma sobrevida maior, devido aos avanços alcançados nos novos tratamentos, como a estimulação precoce.
Joel pergunta se há medicamentos para a síndrome de Down.
O médico, entendendo o sofrimento dos pais, diz que não, pois a má formação genética se deu no momento da concepção.
Explicando mais claramente para os pais, quais seriam as dificuldades apresentadas por Clara, o médico, faz bons prognósticos. Clara poderá ser independente, se bem estimulada, que poderá frequentar uma classe de escola regular com acompanhamento pedagógico. E que o ensino especial é garantido por lei. Seu desenvolvimento será lento, mas, poderá trabalhar, estudar e ter uma vida como qualquer outra criança.
Mas alerta para os problemas de saúde que as crianças com síndrome de Down tem.
As cardiopatias responsáveis por grande parte das mortes, associadas ou não ás cardiopatias congenitas, estão também incluídas as diversas infecções respiratórias e outras malformações congênitas e até a leucemia, em menor grau. Problemas de pele, erisipela, e ao déficit do desenvolvimento cognitivo.
Que existem três tipos diferentes de síndrome de Down: a trissomia 21, a translocação e o mosaico.
A consulta está chegando ao fim, e dr. Alexandre indica livros e sites, que tem muitos artigos sobre a síndrome de Down, e as novas descobertas feitas pela ciência. E começa a citar exemplos de muitas crianças que nasceram com a síndrome de Down, e hoje são jornalistas, professores, bailarinos que venceram o preconceito e vivem normalmente na sociedade. 
Faz os pedidos de exames de rotina e encaminha Clara para a Fundação Síndrome de Down, onde ela começará a ser acompanhada por especialistas. Pede ao casal para telefonarem se necessitarem de algo.
Que nas próximas consultas dará mais esclarecimentos as dúvidas que forem surgindo com o desenvolvimento da pequena Clara.
Que agora Clara necessita de muito amor e carinho e um ambiente tranquilo para se desenvolver física e psicologicamente.
Pois o ambiente familiar influi muito no desenvolvimento das crianças.
Que a influencia do ambiente que ela passa a frequentar em  diferentes momentos da dia vida sera fundamental para dia vida!


Autora: Fátima Magali de Paula
Uniesp – 1
1ªB – Pedagogia – Prof.º Esp. Anderson Mendes da Silva
junho de 2013

Texto 2
Trabalho em Grupo
Marcos Aurélio Gomes de Oliveira
Patrícia Alzira de Jesus
Raquel Aparecida Belo de Moraes
Fátima Magali de Paula



                                                           REFERÊNCIAS

BOLSANELLO, M. A. (1989) Interação mãe-filho portador de deficiência: concepções e modo de atuação dos profissionais em estimulação precoce. Tese de Doutorado,
Universidade de São Paulo, São Paulo
BRITO, A. M. W. & DESSEN, M. A. (1999). Crianças surdas e suas famílias: Um panorama geral. Psicologia: Reflexão e Crítica, 12, 429-445. 2003
RODRIGUES, O. M. P. R. Bebês de risco e sua família: o trabalho preventivo. Temas em Psicologia, v.2, p.33-45, 2003.

SCHWARTMAN, J. S. Aula completa sobre deficiência mental. Disponível em<http://salomaoschwartzman.com> acessado em  20/03/2007

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